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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Noir



Leia e aperte o play.
 
[...] 

Quando eu li na tela do meu celular que nós deveríamos ‘dar um tempo’ porque as brigas eram excessivas, senti como parte de meu mundo estivesse acabado.
O meu coração batia acelerado e descompassado, abrindo todas as feridas recém-fechadas. 

“Chorei por dias e semanas”

Tudo me recordava você. O ar que eu respirava, a organização do meu quarto, minhas roupas. A minha vida naqueles meses havia se reduzido a você.  Como iria viver sem aqueles olhos verdes? Sem os abraços, sem as palavras. Você havia se tornado meu guia. 

“Eu estava completamente sozinha”

Passei um dia todo debaixo das cobertas chorando. A rotina era simples: acordar, chorar, comer, chorar, dormir, chorar, almoçar, chorar, dormir, chorar, comer, dormir, jantar, chorar, tomar banho, chorar, deitar e chorar até cair no sono. Era difícil aceitar a mais pura verdade:

“Estava apenas com meus olhos pretos”

Quando se reaproximou, toda a esperança que estava guardada no peito voltou a comandar meu coração. E quando você foi novamente, foi como se eu tivesse entrado naquele mesmo carro que um dia vez meu coração disparar ao te ver. 

“Só não sabia qual era o destino”

Os olhos verdes nunca mais pousariam nos meus olhos pretos. Não sentiram o calor, o frio na barriga, mas também, não brigariam por qualquer coisa e não se transformariam em fogo. 

“Ay amor, fue una tortura perderte...”
                                                                          [...]

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