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Quando
eu o vi ali, na porta, meu coração desesperou e começou a bater
descompassado. Desci do carro o mais rápido que pude, mas ao olhar
novamente ali, ele não se encontrava mais. Voltei a me perder em
meus pensamentos e só pensava em quantas taças de vinho tomaria
naquela noite. Continuei espalhando sorrisos falsos e meio tortos
para todos a minha volta, tirei as fotos que eram necessárias.
Pensei o
quanto era sozinha e quantas pessoas novas existiam ali. Comecei
observar uma a uma, mas me distrai com as conversas tolas de meus
amigos na mesa, falando sobre a comida, sobre a decoração e sobre
as moças que dançavam na pista. Foi então que ele apareceu em
nossa mesa perguntando se estávamos sendo bem servidos e se
precisávamos de alguma coisa...
“Talvez
seu número de telefone”
...pensei,
mas corei só de me imaginar proferindo aquelas palavras. Abri o
melhor sorriso que podia e tomei um demorado gole de vinho, tudo isso
sem tirar os meus olhos dele. Era incrível como eu não conseguia
desviar o olhar daqueles belos olhos verdes, só desviava quando
percorria todo seu rosto com meu olhar; a boca dele era algo que me
fascinava muito também. Mas o olhar era o que me prendia. Tomei
mais um gole, precisava desviar esses pensamentos, já que devia
estar olhando com uma cara de pata choca.
Ele saiu
dali e continuamos nossa conversa animada sobre o nada com nada.
Achei que talvez fosse a hora de dançar. Um dos meus colegas também
achou que era necessário e todos acabaram decidindo que a ideia era
boa: todos deviam dançar. O salão ia esvaziando conforme mudavam as
músicas. Decidi que era uma noite para me soltar e me deixei levar
por todas elas, independente de seu ritmo.
Ele
alternava os olhares entre tímidos e descarados, porém não olhava
apenas para mim, havia outras pessoas que lhe interessavam naquela
noite. COMPETIÇÃO, era o que meu subconsciente dizia naquela noite.
“Você
adora uma competição”, repeti para mim mesma.
E me
deixei levar pela aquela sensação gostosa e pelo
vinho que estava no meu sangue.
Continuei
a dançar e conversar com aqueles que estavam a minha volta, mas sem
tirar o meu olhar daquele belo par de olhos verdes. Ele era
misterioso e isso me intrigava, eu queria desvendar cada centímetro
daquele mistério, no entanto, não era a única daquela noite,
talvez umas 5 ou 6 estavam com a mesma ideia.
“Hora de
atacar”
...foi o
que pensei e achei um jeito de ficar com ele a sós. E confesso, ter
ele perto de mim me arrepiou por inteira. Mas aquela jogada não
tinha sido nada demais, conversei como se não desse muita
importância e voltei para meus amigos.
Só não
esperava que ele também estivesse jogando comigo, me chamar para
sentar ao seu lado e dizer meu nome no ouvido, foi ousado. Ousado
demais até para os jogadores experientes, mas abriu a porta que eu
precisava; ele estava interessado.
Resolvi
que era a hora de ir, dei um breve tchau e entrei no meu carro.
Peguei o celular - sabia que seria útil aquele número uma hora
ou outra - resolvi chamá-lo e o jogo de sedução apenas começou...
[...]
"As inquietações de uma mente perturbada."
ResponderExcluirAmei! :D
Menina, de tirar o fôlego!
ResponderExcluirAgora fiquei curiosa pela continuação, porque tem que ter uma continuação!
Adorei!
Um beijo e feliz 2014,
Fê
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