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Um verbo dotado de tanto poder....
Alguns não entendem a força dele, não sabem qual a magia que existe em sentar à frente de um computador com uma página em branco e deixar as palavras tomarem conta do seu ser, ou de deixar o mesmo sentimento inundar uma folha de papel.
Escrever não é simplesmente pensar uma história bonita e num final feliz ou num final trágico ou em sofrimento. (Minha corrente favorita sempre foi o realismo. Por mais duro que ele sendo talvez o único que retrate fielmente o que se deve escrever. Talvez não escreva tanto na linha dele, mas eu gosto da maneira como tudo é exposto.) Se você não sentir a mesma emoção que seu personagem sente, desista, a sua história está um lixo.
A mágica das palavras está nelas darem vida a um pensamento, a uma palavra, a uma letra. Talvez agora você entenda porque há tantos Best Sellers, eles mostram o que as pessoas querem ler. Já outros, os meus preferidos, mostram o que você devia saber.
Outra regra fundamental a um escritor ou a uma mero aspirante é sempre ler. Não se trata de plágio, meu filho. Se trata de apoderar de discursos alheios. Um dito jamais dito, sabe? É lá que surge a sua inspiração ou a sua vontade de escrever. Inspiração é complicado. Normalmente as pessoas conseguem escrever apenas quando estão sofrendo das dores mais profundas. Era assim comigo, incrivelmente houve uma modificação nesse estilo de escrever. A alegria tomou conta de mim e deu a luz a quatro belos capítulos (a alegria só fora constante durante o seu nascimento).
Não costumo gostar daquilo que escrevo e nem quero me acostumar, continuo achando tudo um grande lixo. Só crio uma afetividade a eles quando estão nascendo e depois os deixo livres para o mundo e para despertarem nos leitores o mesmo sentimento que despertaram em mim algo escrevê-los.
Escrever é só a busca de um mundo que eu não vivo, mas almejo viver. É a busca por aquilo que não está no meu dia a dia, que só é encontrado ao virar páginas ou ao digitar palavras (transformar delírios em realidade).
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