Delírios de Amor - Cap.1 - Delírios

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Definitivamente ele não fazia meu tipo. Mas então qual o motivo de eu manter meus pensamentos nele?
Ele estava me abraçando enquanto nos olhávamos as estrelas. Dizia-me que eu andava triste demais, presa em meu mundo.
Quando ele me abraça é aí mesmo que eu perco o chão. Ele é apenas meu amigo, repetia isso para mim mesma. Mas mesmo assim ele continuava a causar borboletas no meu estômago e sentimentos obscuros.
- Você sabe que eu não sou boa em perder - disse ainda olhando pro céu
- Eu sei. Eu sei muito coisa sobre você. Você é livro aberto, Laura. - virando delicadamente meu rosto para ele.
Se eu sou um livro aberto, será que ele descobriu que eu estou perdidamente apaixonada por ele? Será que ele sente os arrepios que me consomem quando ele me abraça? Ou, será que ele sente meu coração saltitar quando ele chega? Ele é só seu amigo. Tinha que repetir isso várias vezes, nem meu coração e nem a minha mente aceitavam isso muito bem.
- Você devia ter mais coragem - ele me disse calmamente ainda abraçado ao meu corpo e com seus olhos fixos no meu.
O hálito dele era quente e suave me fazia entrar num frenesi, eu não podia gostar daquele homem.
- Eu... eu... também acho. - eu estava completamente dominada por aquele homem e isso acabava comigo, uma raiva muito forte me consumia. Eu não podia amá-lo.
Ele se soltou do abraço e disse calmamente para eu me arrumar, iríamos sair para jantar. Costumávamos sair sempre para jantar, no começo eu pensava que ele queria algo mais, porém era um jantar de amigos, como sempre.
O restaurante era lindo! Nunca tínhamos ido até lá.
- Massa? - Ei, você me conhece bem, nem precisa perguntar.
- Claro.
- Seu vinho favorito está se tornando o meu também - e brindamos
- Brindamos a?
- Ao amor! - e deu um longo gole de vinho.
Ao amor! Sentimento mais pobre de todos. Como ele me consome e desperta outros sentimentos. Sim, todas as garotas estavam olhando para ele. Talvez a culpa fosse de seu sorriso. Ahhhh podia me fazer sorrir com ele a vários metros de distância. Talvez, pelo seu corpo, ele não era como os magricelos que costumavam me atrair. Ele tinha os músculos bem definidos, mas não exageradamente, tudo estava em seu devido lugar.
- Quer dançar? - o que eu perdi? Ah sim! Ele estava ao meu lado sussurrando em meu ouvido a doce perguntar: "quer dançar?"
- Quero... - só agora pude reparar que havia muitos casais dançando na pista. A música era lenta, mas não enjoativa. Ela fazia com que eu quisesse dançar.
As mãos dele estavam tocando levemente meu corpo até chegarem a minha cintura. Eu estava com os braços envoltos no pescoço dele. Aquele sorriso! Ia me fazer perder a noção de tudo de novo.
- Você está incrivelmente bonita hoje. - ele estava me elogiando, raramente fazia isso.
- Obrigada. Você está uau também! - Ele riu e perdi todo meu chão. Quando fui acordar dos meus pensamentos estava perto de mais dos lábios dele. Sentia novamente aquele hálito que dessa vez só me fez querer beijá-lo.
- Matt... acho que devíamos sentar - Eu estava tão perto, mas a coragem estava indo embora. Não me movi, continuei ali.
- Não... eu não quero perder esse momento.
Era o que eu precisava. Senti meus lábios tocando os dele levemente. Eles eram tão suaves. O beijo foi ganhando forma, sabor e prazer. Eu o queria ali. Ele havia se tornado o que de fundamental eu estava buscando: o amor e o amigo.
Quando nos afastamos os dois estavam sem fôlego. Voltamos à mesa. Ele não soltava da minha mão.
- Desculpe ter feito esperar tanto tempo. -  ele me disse olhando no fundo dos meus olhos - Mas tinha que ter certeza que você não gostava mais daquela pessoa.
- Mas como sabe que eu não gosto mais dela? - porque... eu sou um livro aberto.
- Você é um livro aberto. Podia sentir como se controlava quando eu abraçava ou chegava perto. Seus olhos me dizem toda a verdade.
- Eu te amo. - Nunca essas palavras saíram tão forte do meu peito.
- Eu também te amo.